sábado, 8 de dezembro de 2007

GRUPO QUILOMBO


GRUPO QUILOMBO DE CAPOEIRA

MESTRE FUNDADOR: MESTRE CHAGUINHA

MESTRE RESP. EM BC: MESTRE XEXEU

PROFESSOR RESP. IVAN FREITAS

MUNICIPIO: BENJAMIN CONSTANT

UNIDADE FEDERAL AMAZONAS

CONTATO
: capoeiraivan@hotmail.com


A ORIGEM DA CAPOEIRA


Segundo alguns livros didáticos, o “descobrimento do território brasileiro”, é datado do dia 22 de Abril de 1500, por uma expedição européia, precisamente de Portugal, ou melhor, por uma esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral.
Passada a fase do então “descobrimento do Brasil”, veio a fase da colonização, ou da “exploração”. É quando o europeu inicia sua invasão e encontra neste território uma civilização diferente da sua, com costumes e tradições incompreendidas por eles, e os “selvagens”, assim rotulados pelos invasores portugueses, também se defrontam na mesma situação em termos culturais, só que não como invasor, mas, como sofredor da ação. E isso provoca um grande choque nas diferentes culturas, mas, para o lado do índio brasileiro o termo choque cultural significou muito mais do que para o europeu, pois, eles estavam sendo violados culturalmente.
Ainda no Século XVI, inicia – se a fase do ouro granulado ou, do líquido adocicado, (da cana – de - açúcar) e os gananciosos latifundiários precisavam de engrenagens para mover suas ambições.
Primeiro tentou – se com os índios que eram residentes e os verdadeiros proprietários das terras invadidas.
Escravizar os indígenas não foi a melhor saída para os escravizadores, pois, os índios respeitavam e viam a terra como sagrada, como se simbolizasse uma mulher que se abria, recebia a semente e depois recompensa – lhe com o fruto, e com isso se negavam ao trabalho agrícola. Devido a essa forma de cultura demonstrada pelo índio, os exploradores não os entenderam e os taxaram de indolentes e preguiçosos. Por não aceitar o trabalho escravo o índio foge, sendo conhecedor da floresta, se esconde no mato e não retorna aos seus senhores.
Por essa falta de mão de obra humana os senhores do açúcar passaram a utilizar os braços fortes do africano para trabalhar na agricultura, desenvolver e sustentar o país.
Quando o negro chega no Brasil ele traz em sua bagagem cultural diversos elementos auxiliadores da construção de nossa cultura. Nessa riqueza cultural o negro escravo BANTU, realiza um ritual ou dança religiosa denominada de dança da zebra ou n’golo, que LAMARTINE no livro CAPOEIRA SEM MESTRE, publicado no ano de 97 pela Ediouro Publicações, afirma ser essa a raíz da àrvore genealógica da capoeira.
“A forma primitiva da capoeira chegou ao Brasil com os negros Bantus, originários da África Ocidental. Essa fase inicial deve ter sido uma espécie de dança ou ritual” (p.13).
Embora essa afirmação seja a mais defendida por muitos historiadores, há muitas contradições, alguns não acreditam nesta hipótese pois, só o fato de dizer que chegou ao Brasil, vem soar como se a luta não tivesse sua origem no nosso país e sim em território africano o que no desdobrar da evolução da construção e formação da cultura do povo brasileiro as setas apontam esse surgimento ou melhor brotamento a partir do sofrimento do negro escravo.
A temática aguça cada vez mais as mentes dos estudiosos que entrelaçam seus pensamentos, discorrem e confrontam suas produções textuais. O fato é que muito se escreve e cada vez mais se distanciam do descortinamento dos entraves que escondem a origem da nossa luta.
Ora LAMARTINE, diz que a capoeira é uma mera evolução da dança ou ritual bantu, isso se dá devido ao fato de que alguns movimentos ritualísticos da tal dança possua alguma singularidade com os movimentos de expressão corporal tida na capoeira. Mas, me contraponho a essa hipótese, se caminharmos na direção da seta que Lamartine tenta nos mostrar estaríamos tirando da cultura do nosso povo o direito autoral da luta.
Pensemos na seguinte situação:
Com a colonização, ou como o dito anterior, com a exploração do Brasil, deu – se início a escravização dos negros africanos. Esses negros escravos que chegaram no Brasil foram por um determinado tempo os pés e as mãos da economia brasileira. Os negros foram trazidos para o Brasil para trabalharem nas grandes fazendas açucareiras e em outras áreas agrícolas.
Nesse processo o negro sofreu inúmeras amarguras, humilhações e muito sofrimento , por parte dos seus exploradores. Vendo os estados lastimantes desses cidadãos que na época não eram vistos como tal, muitos tentaram e lutaram por sua liberdade. Algumas Leis Abolicionistas foram criadas até a assinatura da Lei Áurea. Mas, a liberdade que os negros almejavam não estava em um simples artigo escrito em um papel.
Os negros fortes, cansados de tantos maltratos, por algumas vezes nos momentos mágicos de “folga” do trabalho, viajam mentalmente e se viam correndo livremente em seu habitat, mas, quando acordam a sua realidade é outra, e isso os levavam a revoltarem – se e algumas vezes ficavam em estado de banzu, (referia – se a morte psicológica e logo em seguida a morte física, era uma espécie de depressão, se recusavam ao trabalho, por isso eram duramente castigados, e se recolhiam nos cantos das senzalas e se negavam a alimentar –se, enfraquecidos morriam de desnutrição.), outros cometiam o suicídio, pensando ser essa a forma mais rápida de se libertarem e voltarem as suas origens. Outros buscavam outra forma de libertação, e tentavam a estratégia da fuga coletiva ou as vezes era simplesmente um, mas por não conhecerem o território, eram facilmente capturados pelos capitães do mato e trazidos de volta ao trabalho forçado.
Neste contexto o negro astucioso passa a praticar uma espécie de luta que lhe possibilitasse a libertação pós fuga, uma luta que no momento de sua recaptura feita pelo capitão do mato tivesse movimentos precisos capaz de derrubá-lo ou até mesmo matá – lo.
Mas, como praticar uma luta como defesa pessoal e como pratica libertária do ato da barbaria praticada pelo branco, meio a tantas aflições e o que era pior sem tempo, devido a tanta labuta? Tentou – se, mas, logo foi proibido, pois seus senhores não queriam saber de ver negro treinando algo que podesse algum dia vir contra eles. Então o negro astucioso incrementou a luta com dança e como não se pode dançar sem música, a inseriu em seu contexto de luta, criando assim uma forma ritualística de lutar por um objetivo que era a sua liberdade. E quando os capitães do mato iam a sua procura eram fortemente atacados pelos movimentos dos negros. Quando chegavam e quando tinham chance de voltar diziam que o negro o tinha pego na capoeira. Nome esse dado pelos indígenas que ainda andavam em companhia de alguns negros. O nome foi dado ao espaço físico e não pela própria luta. Dessa forma o negro disfarça sua luta e pode então praticar frente aos olhos dos seus senhores que confundiam a luta com os cerimoniais fetichistas do povo escravizado. E dessa forma dá –se o brotamento da arte afro - brasileira. Meio a um processo cheio de angustia e sofrimento. Então, a capoeira não é uma simples evolução n’goliana ou zebriana do povo bantu, mas uma luta nutrida pelo sangue derramado por esses abnegados que fizeram brotar do seu sofrimento uma àrvore que lhes dessem um fruto. A LIBERTAÇÃO”. Visto assim, a capoeira não foi importada de lugar algum ela é o resultado de uma necessidade furiosa e violenta de liberdade, e isso nos contrapõe a afirmação de muitos autores e nos levam ainda há muito antes do surgimento dos quilombos palmarinos, que alguns dizem ser a data do surgimento da capoeira e que se deu nos quilombos, mas precisamente o de Palmares que surgiu no período da invasão holandesa no século XVII. Conta a história que muitos negros se aproveitaram da oportunidade e fugiram, andaram muito e foram parar em um lugar muito alto escondido por muitas palmeiras na serra da barriga e lá ficaram e formaram o maior e mais forte quilombo, e muitos acreditam ser esse o local do surgimento da capoeira, o que não é verdade, pois, como os negros iriam utilizar a luta para escaparem e chegar até os quilombos, uma vez que estando lá não regressavam as fazendas? E nesse contexto entra Zumbi, que muitos capoeiristas fãs do Rei Zumbi, acreditam fielmente que ele era capoeirista. Fato esse que segundo Esdras Magalhães Santos (Mestre Damião), em um artigo escrito a revista praticando capoeira edição nº 28 da Ed. DT + LTDA, derruba o mito Zumbi capoeirista e o transforma em uma lenda.
“Zumbi jamais poderia ser capoeirista como querem (...), ele chegou em Palmares aos quinze anos (1670) e decorrido seis anos (1676), durante um combate recebeu um tiro na perna e ficou coxo. (...) . além disso antes de 1676 (data em que ficou coxo) até a data de sua morte (1695) não existe qualquer registro ou documento que ateste a prática da capoeira entre os palmarinos”.
Se nos reportarmos para o período do descobrimento repararíamos que Orelana relata ter observado índios brincando de capoeira. Mas, como ele sabia que era capoeira? E se esse fato é verdadeiro por que os índios atuais não a praticam mais? E se os índios realmente praticavam capoeira não deveriam associar a luta com o espaço físico, pois, eles já conheciam e a praticavam em outros lugares, que segundo o nome e a luta é associado a uma ave chamada capuera-ispiche, que na época do acasalamento trava combates violentos com seus oponentes.
Daí se levanta a hipótese de que o negro por andar em companhia de índios escravos, passou a praticar a luta indígena e os associou aos seus conhecimentos e transformou tudo em uma maneira diferente de combate a qual já vinha auto-denominada de capoeira.
“A capoeira foi uma alternativa criada pelo negro, como uma necessidade física, cultural espiritual de defesa ao negro escravizado, que através do estagio humano cultural, produziu o mulato, caracterizado por ser dotado de maior visão e inteligência mais exercitada que o negro”. AMORIM. (p.135)
Bem, são muitas versões que se contradizem com a evolução dos estudos, contudo o que podemos afirmar é que o negro possuidor de uma cultura riquíssima e passando por um processo violento de aculturação, como uma forma revolucionária de se adaptar ao ambiente que fora forçado a subsistir, anseia por liberdade, então cria em terras brasileiras a capoeira na sua forma mais primitiva. Dessa forma a capoeira passa a ser um fenômeno afro – brasileiro, que desde os tempos primórdios do desenvolvimento do País se funde com a própria formação do povo brasileiro.






Ivan Freitas.

CAPOEIRA ANGOLA


Nos tempos primórdios da escravidão o escravo africano cria em terras brasileiras uma forma ritualística de lutar por um ideal, a qual em uma data posterior sobre a concepção dos indígenas recebeu a denominação de capoeira, por ser praticada em um espaço onde após a derrubada da mata era utilizada para o plantio e após a utilização o mato crescia de forma rala e assim, o nome capoeira veio pelo espaço físico e não pela luta. Essa forma primitiva da capoeira mais tarde tornara – se capoeira angola, isso porque, quando os seus patrões os surpreendiam jogando capoeira, eles por serem angolanos, seus senhores diziam estarem brincando de angola. Após a assinatura da lei da Áurea e a libertação da própria capoeira, ela passou a ser praticada por muitos. A capoeira angola encontra em seu maior propulsor, VICENTE FERREIRA PASTINHA, o renomado MESTRE PASTINHA, que fundou década de 40 o Centro Cultural de Capoeira Angola e em seu uniforme adota as cores preto e amarelo em homenagem ao seu time do coração, O Ipiranga.
Suas características básicas são de movimentos rasteiros e lentos, outrora, dependendo da forma do ritmo tocado no berimbau, pode também ter bastante agilidade. Essa forma primitiva possui uma característica bastante peculiar que são as chamadas de angola, que muitas vezes pode ser uma emboscada. Muitas pessoas dizem que a capoeira angola é a mãe da capoeira regional por esta ter sido a primeira forma de capoeira.
Para iniciar o jogo de angola é tocada antes uma ladainha (espécie de musica cantarolada pelo mestre responsável da roda) e só após o coro do corrido inicia – se o jogo, que pode ser com aú, ponte ou, outro movimento da própria capoeira.
A formação da bateria é outro ponto importante. A bateria precisa está composta pelos três berimbaus e os demais instrumentos de percussão.
Nesse tipo de jogo não se pode ter a compra, os dois capoeiristas jogam até o diálogo corporal terminar, após o jogo, retornam ao pé do berimbau e agradecem.

CAPOEIRA REGIONAL

A História da capoeira regional é uma verdadeira obra de arte. Ela é uma mistura de outras lutas. Tudo começou quando Manoel dos Reis Machado (MESTRE BIMBA), também praticante de capoeira angola, e por seu pai ser praticante de uma luta denominada na época de batuque, ele então observa que a capoeira angola não oferecia muito recurso para o capoeirista, pois, tratava –se de uma luta que na sua visão deixava o seu praticante muito tempo abaixado, então, ele funde os movimentos da angola com os do batuque (luta que herdara de seu pai) e cria uma nova forma de combate com um toque e rítmo apropriado para o jogo ser jogado, dessa forma o capoeirista torna – se mais ágil, mais rápido e a luta coloca o praticante em muito mais condições de um combate corporal. Assim, surge a capoeira regional. Que na atualidade recebeu inúmeros elementos de outras lutas e até da ginástica olímpica, que é o caso das acrobacías e sofreu até influências da dança de rua devido as condições físicas memoráveis dos capoeiristas. Mas, não foi tão fácil para Bimba, pois a capoeira foi proibida por Lei. E passou por um recesso compulsório de quase 50 anos, e só após um exibição ao Presidente da época o Sr. Getulio Vargas feita por Mestre Bimba e seus alunos, a capoeira é elevada ao patamar de Ginástica Nacional Brasileira e Mestre Bimba foi o primeiro a ser reconhecido pela Secretaria de Educação e Assistência Social do Estado da Bahia como professor de Educação Física e a sua academia /escola como a primeira a ser registrada.
A capoeira regional se caracteriza pela sua forma de jogo ágil, que requer do capoeirista uma grande flexibilidade, reflexo e outras artimanhas que se obtém no decorrer da sua aprendizagem.Neste tipo de jogo é permitida a compra, ou seja, quando dois capoeiristas jogam e um terceiro quer entrar no jogo, ele dá a chamada volta ao mundo e participa do jogo com o atleta que estiver em melhores condições físicas de permanecer na roda. Neste jogo fazem se presente as acrobacías, que são os saltos onde, os capoeiristas desafiam a gravidade. O estilo de jogo é menos floreado e muito mais arrochado, ou seja, deve se ter um bom conhecimento de técnica de jogo para poder entra na roda,

GRITO POR LIBERDADE

O termo “capoeira” , como nos explica o Dicionário Aurélio, vem do tupi e era originalmente uma designação para mato ralo. Depois, provavelmente na époça dos quilombos o termo ganhou outro significado: fazia referencia aos negros fugitivos que se escondiam nas capoeiras, e quando emboscados pelos capitães –do- mato utilizavam certos golpes, que disfarçados em dança e diversão, eram treinados nas senzalas.
As definições relacionadas à origem dessa luta que é ao mesmo tempo dança e jogo são divergentes. Alguns estudiosos como Edson Carneiro, Izenil Penna Marinho, Câmara Cascudo entre outros defendem a tese de que a capoeira veio para o Brasil com os negros de Angola, uma vez que fazia parte do folclore local e era praticada como dança religiosa. Ainda nessa linha , Murilo Carvalho, em matéria do jornal Movimento (13/09/76), diz que “as origens da capoeira estão nas próprias senzalas,onde os negros relembrando suas velhas danças e rituais da África, passaram a se exercitar,procurando desenvolver uma forma de luta que lhes permitisse derrubar os feitores e fugir. A maioria dos movimentos da capoeira foi baseado nos movimentos de ataque e defesa dos animais: a marrada do touro, o coice do cavalo,a fisgada do rabo de arraia.ou então na observação direta dos seus instrumentos de trabalho cuja ação procuravam imitar usando o corpo: o martelo batendo, a foice roçando o mato”, Vicente Ferreira Pastinha o Mestre Pastinha, em entrevista a Roberto Freire para a revista Realidade, chegou a declarar que gostaria de ir para Angola, “só para comparar a capoeira daqui com a de lá”.
“Capoeira é luta, ou melhor, é lutando que se vive”.


Fonte: Revista Pôster Tentatação.

LEGITIMAÇAO DA CAPOEIRA

Após um recesso compulsório de quase 50 anos. A capoeira ressurge devido há um fato histórico realizado por Mestre Bimba.
Conta o historiador Waldeloir do Rego que, no ano de 1937, Bimba estava tranqüilo em sua academia, onde ensinava capoeira de forma clandestina desde 1932. De repente, apareceu um guarda “fazendo – lhe a entrega de um envelope contendo o convite para comparecer ao palácio. Sabendo – se capoeira e conhecido da policia , assustou – se e não teve a menor dúvida de que se tratava da sua prisão. Preparou – se comunicou o fato a seus alunos e avisou que caso não voltasse, é porque estaria preso. Ao chegar no palácio teve uma grande surpresa e contentamento”. Bimba, que esperava a prisão, recebeu de Juracy Magalhães o então interventor Federal da Bahia, um convite “para se exibir com seus alunos a um grupo de autoridades e amigos seus”.Depois dessa apresentação, mestre Bimba recebeu a primeira Licença oficial para seu “Centro Cultura Física e Capoeira Regional”.a partir de então, a capoeira baiana entra para a memória da capoeira brasileira, como sendo a precursora, enquanto que a capoeira do Rio de Janeiro pioneira na sua luta pela capoeira – esporte, é esquecida (...)
Durante o Estado Novo, o Presidente Getúlio Vargas denomina a capoeira baiana com sendo a mais tradicional. Depois , no de 1953, o Presidente assistiu a uma apresentação do Mestre Bimba e seus alunos , no Rio de Janeiro. Ele declarou que a a capoeira era ä única colaboração autentica brasileira à educação física, devendo se considerada a nossa luta
nacional “.


Fonte: Tentação Capoeira. 6º ed.

MESTRE CHAGUINHA - BIOGRAFIA



Edgar Francisco das Chagas – Batizado como Chaguinha nas rodas de capoeira, pelo Mestre Caixote (RJ).
Continuou a prática da capoeira com Mestre Gato na academia Zumbi dos Palmares(Am).
Formou – se Professor de Capoeira em 05 de Janeiro de 1984, pela Associação de Capoeira Ilha de Itaparica (SP), sobre a orientação do Mestre Joanito Gomes (Baiano).
Além de professor de capoeira , Chaguinha faz teatro, tomando como ponto o legado cultural dos negros africanos.



FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Prof.
Colégio Militar de Manaus – 1980
Sesc –1989/1992
De capoeira-1994
Instrutor de capoeira de férias – Sesc.
Diretor dos Iº e IIº Festival de Capoeira Infantil – 1989/1990
De capoeira no Condomínio São José do Rio Negro - 1990
Orientador da Iº grande roda capoeira feminina no Amazonas Shoping – 1990
Coordenador de capoeira nas Municipíadas - 1995

BIOGRAFIA - MESTRE XEXEU

Mestre Responsável Do Grupo Quilombo Em Benjamin Constant /Am.Mestre Professor: Francisco Chagas - ChaguinhaParticipou Dos Eventos Organizados Pelo Grupo Como: Batizados. Troca De Cordas E Torneios De Capoeira.Recebeu Sua Graduação De Mestre No Estado Ceará Pelo Grande Mestre Chaguinha No Evento Programado Pelo Mestre Favela Também Do Grupo Quilombo Naquele Estado.É Tri-Campeão Amazonense De Capoeira – Estilo Combate – Acima De 80 Kg.Organizador de diversas rodas em Manaus e batizados e trocas de cordas.

A CAPOEIRA NO AMAZONAS


Os primeiros registros sobre a capoeira no amazonas são datados do ano de 1973. segundo o Mestre Chaguinha, que além de ser um dos pioneiros no desenvolvimento dessa prática desportiva em Manaus, é o primeiro a se preocupar com os acontecimentos que marcaram a historia da capoeira no nosso Estado.
Apesar de seu trabalho ainda não ter nenhuma publicação cientifica, possue um grande valor para nós capoeiristas. Em seus informativos ele catalogou diversas datas e ações relativas a capoeira na capital do Estado, que vão desde os tempos primórdios a atualidade e os colocou em livretos informativos.
Ao que se tem registro, atualmente este trabalho do Mestre é o primeiro realizado na capital do Estado. Seus objetivos são claros, é justamente para manter viva as açöes da capoeira no nosso Estado e para que não se perca no tempo, como aconteceu com as origens da nossa luta, que muitas coissa ficram sem registros, o que resultou nessa confusão cuja não sabemos com exatidão onde e como começou tudo isso.


BREVE HISTÓRICO


“Tem capoeira na Bahia e em Manaus”, Título da primeira reportagem de capoeira no Amazonas” ( Jornal A CRÍTICA – Setembro de 1973).
“Mestre Gato canta o novo ritmo”, um ritmo até então desconhecido pela maioria dos amazonenses, que em pouco tempo contagiou de maneira bastante abrangente.
A capoeira chegou no Amazonas através de Jucival do Espírito Santo (Mestre Gato), em Julho de 1973. Assim, que chegou, fundou a Iº academia denominada de “Zumbi dos Palmares, na rua Barrosa do lado da casa dos estudantes”.
NOVOS VALORES NA CAPOEIRAGEM.
Aos poucos foram surgindo novos valores na capoeira do Amazonas. Destacam –se entre eles alguns nomes que brilharam como primeiros alunos que aprenderam a “LEI DE UM BERIMBAU BEM TOCADO”, Chaguinha, Bonartes, Spartacus, Nilton Bala, Maguila, Baixinho, Dentinho, Popó, Carrasco, Carioca, Marinheiro, Aldo e outros...
Assim, a capoeira invadiu as praças, arraiais, Festivais Folclóricos (na época realizado no estúdio da Colina), desfiles de carnaval, clubes e etc. Caracterizando definitivamente uma nova linguagem cultural no estado.

“CAPOEIRA É...”
“Jogo de corpo
Do corpo que é
Um poema no chão
Vai com a mão
Vem com o pé

Capoeira é o mundo
É um dilema sem fim
Capoeira é tudo
Capoeira é assim”,
(Mestre Chaguinha)

A academia de bantos de angola foi a 2º academia de capoeira fundada (em 1975) no Amazonas, surgiu da união do Professor Chaguinha com os capoeiristas Washington (Maguila),Roberto (Banana), e Marcos (Dentinho). Todos na época integrantes da Seleção Amazonense de Ginástica Olímpica.
O primeiro aluno matriculado na academia foi Paulo Ferreira de Oliveira (Paulo chinelo). (...) alunos formados na academia Bantos de Angola: Valdenor Garibaldo, Lotar, Besouro, Aldo, Niltom Bala, Ariosto e Buço.
Em 1986 passou a se chamar Associação de Capoeira Quilombo, registrada no Conselho Regional de Desporto (C.R.D).
Alunos formados com 15 anos de existência da academia: Colo, Francisco, Eliberto, Favela, Xexéu, Túnel e Espiga.
“TERCEIRA ACADEMIA E MUITAS OUTRAS”
Com grande paixão e dedicação Luiz Carlos Bonartes (formado por Mestre Gato), fundou em 1979 a 3º academia de capoeira no Amazonas.funcionou durante vários anos na sedie da Princesa Isabel (Rua de Almino), com o nome de Grupo de Capoeira Alma Negra.
Alguns grupos
Grupo de capoeira Pele Negra (Camarão – 1983)
Grupo de Capoeira Orixás do Amazonas (Mestre Nenê –1984)
Grupo Mar Azul (Joãozinho e Índio – 1984)
Grupo de Capoeira Sol Nascente (Favela – 1985)
Senzala Negra (Mestre Vermelho –1986)
Associação Palmares de Capoeira (Xexéu – 1987)
Grupo de Capoeira Filhos do Quilombo – Mestre Chaguinha –(1989)
Raízes (Espiga – 1989)
Muitos grupos de rua se formaram nas periferias caracterizando a proliferação da capoeira no Amazonas como nos outros estados onde a capoeira é tradição.


RODAS DE RUA
As primeiras rodas de rua, foram realizadas no largo da Matriz, próximo ao cás do porto, e chega a ser oficializada.
A outra praça que passou a ser freqüentada pelos capoeiristas com seus berimbaus, pandeiros, atabaques e muito mais, foi a praça Heliodoro Balbi (Praça da Policia).


GRANDES RODAS
Na praça São Sebastião em frente ao Teatro Amazonas, foi realizada uma grande roda de capoeira com a participação de famosos da capoeira do Rio de Janeiro. Estiveram presente nesta roda os Mestres Jalom, Nagô, Sabosa e o Formado Camiseta, todos do Grupo Senzala.


FONTE: Mestre Chaguinha.

GRUPOS DO AMAZONAS 1

GRUPOS DO AMAZONAS E SEUS REPRESENTANTES NA CAPITAL DO ESTADO

Quilombo- Mestre Chaguinha, Mestre Xexéu, Mestre Touro e contra Mestre Tupy.
Raízes Livres – Mestre Francisco
Senzala Negra- Professor Selvagem
Vila da Barra – Contra Mestre Cabecinha
Berimbau dos Palmares – Prof, Canário.
Sol Nascente- Mestre gaivota
Capuêra Amazonas- Mestre Peninha.
Capoeira do Amazonas- Mestre Jacob
Toque de São Bento.- Professor Tupyzinho.
Honra Negra – Professor Borracha.
Ajuricaba- Professor Domingo.
Malícia – Formado Popay.
Mar Azul – Mestre Joãozinho.
Beira Mar - Professor Marlon.
Raízes do Amazonas- Contra Mestre Mangueira.
Liberdade Negra – Professor Paulinho Amizade.
Pau Brasil- Mestre Roxinho/ Contra Mestra Deusa.
Vadiação- Contra mestre Eliberto.
Ginga Amazonas – Mestre Vermelho.
Malungo – Professor Cabecinha.
Batuquegê – Mestre Alfredo.
Xangô do Amazonas- Professor Zé Carlos.
Cultura do Amazonas – Formado Fofo.
Orixás – Professor Marivaldo.
Arte Negra- Contra Mestre Télio.
Ginga Brasil – Instrutor Dedé.
Raízes do Brasil – Formado Espírito.
Toque Amazonas – Professor Alfredinho.
Zumbi dos Palmares – Professor B-1
Arte Negra – Formado Otazildoes das Gerais – Instrutor Charada

GRUPOS DO AMAZONAS

GRUPOS DO AMAZONAS E SEUS REPRESENTANTES NO INTERIOR DO ESTADO

Benjamin Constant

Grupo Quilombo – Professor Ivan Freitas – Girafa.
Muzenza – Contra Mestre –Nei – Gigante.
MANACAPURU.
Quilombo – Mon. Falcão.
Arte Negra – Formado Otazildo
Artes das Gerais – Instrutor Charada.
NOVO AIR&ÃO.
Terreiro do Brasil – Instrutor Ney.
ITACOATIARA
Quilombo – Monitor Chocolate.
RIO PRETO DA ERVA.
Quilombo- Graduado Dente de Ouro.
COARI.
Berimbau- Mestre Mão Branca.
Quilombo – Formado Mola.
TABATINGA.
Marabaiano- Contra Mestre – Marcelo.
Ave Branca – Professor Dedão.
Nativos de Minas – Professor Gengiva
Guerreiros do Quilombo – Contra Mestre Três Vidas.

GRUPOS NACIONAIS COM FILIAIS NO AMAZONAS.

Abadá- Inst. Aroeira; Muzenza-Inst. Alexandre; Cativeiro-Mestre Bonartes; Porto de Minas- Prof. Belmont; Nativos de Minas- Mestre Espiga; Artes das Gerais-Prof. Pilinlim;Escola Brasileira-Prof. Azul; Capoeira Brasil-Prof. Leãozinho;Berim Brasil-Contra Mestre Faísca; Ginga de Ouro-Mestre Túnel;Marabaiano Mestre Colo; CIA Terreiros do Brasil-Mestre Ronaldo; Raízes de Angola-Prof.Tim-tim; África Bantos-Prof. Pequenês; Capuraginga-Inst. Playboy

A CAPOEIRA EM BENJAMIN CONSTANT

HISTÓRICO


Segundo o depoimento de um dos Mestres renomados da capoeira primitiva cedida a um documentário a Rede Educativa da Bahia, a capoeira propagou – se via marítima, ou seja, quando os barcos chegavam à população portuária e acontecia a subida da maré, os trabalhadores portuários por ficarem desobrigados de suas atividades corriqueiras, passavam o tempo praticando capoeira esperando a maré vazar. E nesse meio haviam trabalhadores dos barcos que também praticavam a luta, e dessa forma levaram a outros estados o conhecimento da praticidade da capoeira.
No Amazonas ela inicia –se com o renomado Mestre Chaguinha e o Mestre Gato na década de 70.
Não se têm registros de como ela se propagou pelos outros municípios do interior do Amazonas. Acredita – se que foram através de cidadãos interioranos que foram morar em Manaus, Capital do Estado, entraram em contato com a capoeira e em seu retorno as suas cidades passaram a desenvolver a cultura.
Em Benjamin Constant, Município do Interior do Amazonas, os registros das primeiras manifestações da arte foram passadas de forma auricular.
A primeira fase ou experimentação da capoeira em Benjamin deu – se em meados de 97, pelo Sr. Jackson, um cidadão oriundo da Colômbia. Essa prática teve poucos dias de vida, por isso, não se tem nada registrado ou documentado. Por não conseguir os resultados almejados, Jackson deixa o Município.
No final de Dezembro do referido ano, após uma fase de treinamento em Manaus, Ivan Freitas do Nascimento, aluno de capoeira da Associação Palmares de Capoeira, essa fundada por Mestre Xexéu, retorna a seu Município (Benjamin Constant), trazendo em sua bagagem filisófica e física, a arte da capoeiragem que aprendera na Capital do Estado.
Numa tarde, ao pôr do sol, em frente a antiga Prefeitura Municipal, ele põe em prática suas habilidades de capoeira como forma de exercitar o corpo para que sua aprendizagem não caisse em regressão. Nesse contexto aparece o primeiro aluno, Ênio Souza Cruz (doutor), Ênio já conhecia capoeira, pois, também passou por um processo de treinamento em Manaus. Ele na verdade foi um companheiro de treino.
O segundo aluno foi o Caiçara, dotado de uma particularidade muito grande de absorção dos movimentos da capoeira, em um curto período de tempo desenvolveu grandes habilidades.
Ivan Freitas teve que retornar á Manaus, dessa forma pela segunda vez acontece mais uma paralisação da capoeira benjaminense.
Em Maio de 1998, já em Benjamin Constant, Ivan Freitas dá início ao desenvolvimento da técnica da capoeira com adolescentes da comunidade, objetivando a participação e inserção da capoeira no Festival Folclórico do Município. Para isso, transforma os movimentos adquiridos em dança coreografada.
As primeiras fases de ensaios da dança da capoeira deu – se no antigo Centro Recreativo denominado de Piracema. Depois a dança folclórica foi absorvida pela escola Municipal Professora Graziela Correa de Oliveira. Nesse processo o grupo folclórico já tinha um contingente de aproximadamente 60 brincantes.
Em sua primeira apresentação, o grupo contou com a participação do professor de capoeira e integrante do grupo musical Raízes Caboclas, Eliberto Barroncas (barronca).
A dança agradou e encantou o público local, inclusive as autoridades. Através de muitas acrobacias e movimentos coreografados e sincronizados de capoeira, o grupo manteve a 3º colocação geral.
Passando a fase folclórica, Ivan Freitas inicia o seu trabalho com a capoeira arte – luta. E foi na garagem do Hotel Selva Tropical que ele começa a desenvolver e formar o primeiro grupo de capoeira de Benjamin Constant, intitulado de ‘ASSOCIAÇÃO PALMARES DE CAPOEIRA”.
Os primeiros alunos foram: Doutor, Noite, Orelha, Folha seca, Ratinho, Ligeirinho, Caiçara, Quebrado, Dandãe, Japonesa, Rainha...
Essa locação durou poucos meses. Sensibilizado com o avanço da arte, e por falta de um espaço para continuar essa prática desportiva, o então vereador da época o Sr. Jose Maria Freitas Junior, oferece o seu prédio onde, havia funcionado uma xerox, para que os alunos do grupo de capoeira podessem dar prosseguimento as suas atividades.
A capoeira avança e chama a atenção de outras autoridades educacionais. É ainda nessa fase que o graduado Ivan Freitas recebe o convite da Secretaria de Bem Estar Social a Senhora Iracema Maia da Silva, para desenvolver o primeiro programa didático pedagógico de capoeira para crianças e adolescentes na faixa etária de 7 à 14 anos de idade no ainda Projeto Cunhantã & Curumim.
O trabalho no Projeto desenvolve – se e dar os primeiros resultados e a capoeira passa a ser vista pela comunidade como elemento socializador.
Sobre a orientação do ainda professor Xexéu, o graduado Ivan Freitas (girafa), organiza e realiza no dia 15 de Novembro de 1999, o Primeiro Batizado de capoeira de Benjamin Constant. Além do Professor Xexéu, compareceram neste batizado o Professor Marcelo e alunos do grupo Muzenza de Capoeira de Tabatinga, e autoridades locais como: O prefeito da época o Sr. Amauri Silva Maia, Presidente do poder Legislativo: Sr. José Maria Freitas Junior.
Alguns alunos que foram batizados: Noite, Orelha, Quebrado, Doutor, Rainha, Pérola Negra, Japonesa, Folha seca, Calango, Grilo, Barriga, lourinho, vento, furacão, Igor e outros.
O 2º batizado deu – se no Ginásio de Esportes Frei Samuel, esse evento contou com a presença dos mesmos personagens do I º Batizado e ainda a participação do Professor Gigante de Tabatinga e a Professora Deusa do Grupo Marabaiano de Manaus. Desta vez o elenco de batizandos aumentou consideravelmente, pois agora, já se contava com o público do Projeto Cunhatã & Curumim, isso datado do ano de 2000. e nessa mesma data a Associação Palmares de Capoeira fica extinta e passa a ser denominada de Grupo Quilombo de Capoeira. Fundado em 1975 pelo Mestre Chaguinha (Professor e Mestre do Mestre Xexéu).
Com a extinção temporária do projeto Cunhantã & Curumim, entra o PETI – PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL, que possui as características e objetivos do antigo Projeto e a capoeira também passa a ser uma atividade de composição da grade curricular do Programa.
Dois anos depois da extinção o Projeto Cunhantã & Curumim ressurge e com ele novos objetivos, e sua clientela passa a ser adolescentes na faixa etária de 15 à 18 anos incompletos e a capoeira também é uma das atividades em desenvolvimento ao auxilio e construção da personalidade do cidadão inserido neste Programa.
O trabalho de capoeira nos programas desenvolvem – se a passos largos e as sementes germinam e dão frutos e os resultados são positivos.
O Grupo Quilombo dos Programas Sociais realizam diversas apresentações como: Festival Folclórico, Jogos Estudantis do Alto Solimões – JEAS, FECAB, ARRAIARTE e eventos em datas cívicas e comemorativas como desfile do dia 7 de Setembro e em manifestações contra o trabalho infantil, preservação e valorização do meio ambiente. São os cidadãos capoeiristas dando exemplo de cidadania.
No ano de 2003 o Professor de capoeira Ivan Freitas do Nascimento inicia um programa de capoeira destinado ao público das escolas Municipais que não faziam parte dos Programas. É o Projeto Capoeira Quilombo (Capoeira na escola) oportunizando os discentes das Escolas das Redes Publicas de Ensino Municipal e Estadual o acesso a cultura Sócio Desportiva.
As escolas alcançadas pelos tentáculos do Projeto Quilombo foram: Graziela, Olavo Bilac e Raimundo Cunha, tendo nesta última uma permanência de apenas um ano.
Em meados do referido ano sobre a organização do contra Mestre Gigante funda – se nas repartições da Escola Municipal Francisco Chagas de Almeida, sito no Bairro do Umarizal o 2º grupo de capoeira de Benjamin Constant, conhecido pelo nome de Grupo Muzenza de Capoeira. o Contra Mestre Gigante desenvolve um programa de capoeira com crianças e adolescentes pertencentes ao grupo de alunos da referida escola e da comunidade local. no final de 2003 o grupo realiza o seu primeiro batizado que contou com a participação da gestora da escola, do Professor Ivan Freitas (girafa) e seus alunos.
Devido a celeridade do programa de capoeira desenvolvido nos Projetos Peti e Cunhantã & Curumim e das outras Instituições, a Prefeitura Municipal através da SEMBES, apóia e realiza no dia 25 de Julho de 2003 o Iº Batizado Integrado e Torneio Estudantil de Capoeira do Grupo Quilombo.
O evento foi organizado pelo formado Ivan Freitas e coordenado pelo Mestre Xexéu. Além do Mestre referido estiveram presente neste evento o Contra Mestre Marcelo Grupo Marabaiano de Tabatinga, Professor Dedão do Grupo Ave Branca de TBT, Professor Sebastião do Grupo Muzenza de Letícia – Colômbia, Contra Mestre Gigante do Grupo Muzenza de BC, autoridades locais, gestores e Professores do PETI e Cunhantã & Curumim, artista do gênero musical como o Nonato do Cavaquinho, cantora Pérola Negra e o público local’.
O evento teve batizado, troca de cordas e competições escolares.
As competições foram fechadas ao grupo Quilombo e não se registrou nenhum incidente, muito pelo contrário os atletas deram uma demonstração das técnicas competitivas da capoeira..
Nas classificações finais a escola que mais se sobressaiu foi o PETI com o maior número de troféus conquistados.
A aluna que mais se destacou foi a atleta Geice Kelly Maia Pinto do PETI por ter participado de duas categorias e ter vencido ambas. Dando uma exibição de controle e disciplina.
Com o excelente trabalho de inclusão social que é o principal objetivo do Projeto Capoeira Quilombo desenvolvido nas escolas, a capoeira caminha para o seu ápice e em suas apresentações e eventos sociais ganha a admiração e o carisma da população e entra para o rol de atividades culturais e fortalece a identidade cultural do Município.
As primeiras manifestações culturais da capoeira como roda aberta ao público dá – se no inicio do ano 2000, mas, passa a possuir uma identidade e respaldo cultural dos munícipes benjaminenses a partir de 2002 com rodas permanentes nas noites de sábado na Praça Frei Ludovico, que se tornara tradição, onde, o público prestigia as expressões corporais dos capoeiristas. A roda é organizada pelo professor Ivan Freitas (girafa) do Grupo Quilombo com participação de alunos do Contra Mestre Gigante e recebe visitas de grupos de capoeira dos outros Municípios vizinhos.
Dia 20 de Novembro de 2004 a PMBC, através da SEMBES, oportuniza aos atletas do grupo Quilombo das Escolas onde eram desenvolvido o programa de capoeira, a realização do IIº Batizado integrado e Torneio Estudantil de Capoeira.
Estiveram presentes neste evento alguns personagens do Primeiro batizado realizado em 2003.. A Secretaria de Bem Estar Social e o Mestre Xexéu ressaltaram a relevância da prática da capoeira e suas contribuições como elemento de socialização e preservação da saúde integral do ser humano.
No referido acontecimento Mestre Xexéu entrega a seu aluno e organizador do evento Ivan Freitas a “corda de Professor de Capoeira”, sendo assim o primeiro a receber este em território benjaminense. Mérito esse, que segundo o Mestre, merecido pelo fato do compromisso com o desenvolvimento da cultura físico – desportiva brasileira (capoeira). Nesse processo Histórico construtivo da capoeira benjaminense destaca – se o relevante papel socializador que ela exerce como elemento de resgate e valorização do patrimônio Sócio – Cultural Brasileiro.
Fotos: Arquivo do Grupo Quilombo
Já em 2005 o grupo capoeira Quilombo recebe o convite do atual Prefeito O Sr, Jose Maria Freitas Junior para realizar uma exibição cultural de capoeira a uma comitiva de 70 cidadãos colombianos entre eles autoridades políticas como: Prefeito, Deputados e Vereadores. O evento aconteceu no Restaurante Cabanas, sito no Bairro da Colônia. Os convidados ficaram maravilhados com a performance dos atletas que após a exibição foram parabenizados por todos. E ainda no referido ano com o apoio da SEMASC e PMBC, o Professor Ivan Freitas realizou o 1º GINGA BC E EM 2007 um dos maiores eventos do grupo e do alto solinoes, Segundo Ginga BC, com Seminários, cursos de harbitragem, aulao, roda de confraternizaçao e batizado e troca de cordas. estiveram presentes grandes nomes da capoeira do Estado como: o Presidente da Federaçao Amazonense de Capoeira e fundadodor do Grupo Quilombo o Mestre Chaguinha. Mestre Xexeu, Mester Valentin (grupo Guerreiros do Quilombo ; TBT), Contra Mestre Dedao (Grupo Ave Branca). Professora Margarida (Grupo Marabaiano - TBT/AM) e Contra Mestre Gigante (Grrupo Muzenza-BC/AM). Esse evento reuniu um dos maiores números de capoeiristas do Alto Solimõs, contribuindo dessa forma com a composição do grande potencial cultural existente no município de Benjamin Constant. Essa é parte de nossa hitírória.
Por: Ivan Freitas







PROFESSOR IVAN FREITAS - AUTO BIOGRAFIA


IVAN FREITAS DO NASCIMENTO
BIOGRAFIA
Nasceu no dia 04 de dezembro de 1971 em uma localidade do interior de Atalaia do Norte, chamado de Rio Itaguaí, conhecido pelos ribeirinhos como Rio das pedras no seringal do Montilija. Seu pai, um seringueiro nordestino, Francisco Alves do Nascimento e sua mão, Antonia Freitas do Nascimento, acreana, filha do capataz do lugar.
Viveu na referida localidade apenas por um ano. Devido as dificuldades, seus pais, irmãos e irmãs, mudaram-se para Atalaia do Norte e lá com grandes dificuldades, ficaram por mais um ano. Seu pai, em algumas vindas a Benjamin Constant, conheceu um Sr. Chamado de Norcel que lhe convidou para ser caseiro em um sítio na estrada que liga Benjamin a Atalaia. E isso fez com que sua família viesse morar em Benjamin Constant.
Iniciou sua vida escolar aos 12 anos de idade, em uma escola publica situada na Av. Castelo Branco chamada de Antonio de Souza Braga, onde hoje funciona um dos cartórios da cidade. Lá cursou até a quarta série. Depois dessa fase ingressou na quinta série, na escola Estadual Imaculada Conceição, na época comandada pelas Freiras da paróquia. Nessa escola concluiu o ensino médio e formou-se professor.
Mas, sua trajetória em busca do conhecimento não parou por ai. Após aprovação no vestibular, ingressou no universo acadêmico cursando e se formando em Normal Superior pela Universidade de Estado do Amazonas.  Outro curso que entrou nesse rol de formação foi o curso de Letras da Universidade Federal do Amazonas em Benjamin Constant. Curso esse que seguiu até o 9º período e incompreendido em um dos temas de seu maior domínio e estima “memórias literárias”, por um dos professores de sua bancada na defesa do seu TCC foi reprovado nessa fase. Isso o fez repensar, ainda assim, retornou mas, não concluiu o curso.
Contudo, nessa mesma trajetória, já estava cursando o Curso de Educação Física, o qual, teve plena aprovação e conclusão. Esse curso trouxe-lhe as melhorias na sua qualificação profissional, pois, mesmo antes de atuar diretamente na área da educação física, já vinha, de longa data trabalhando com elementos de expressão e formação corporal. Hoje em dia é professor licenciado em Educação Física ministrando aulas nas escolas Professora Graziela Correa de Oliveira e Imaculada Conceição. Atendendo um público de 13 a 17 anos de idade. Suas experiências como professor de educação física lhes serviram de inspiração para criação de novos jogos como o “misturabol e o futsal bagunçado” fornecendo a seus alunos novos formas de fazer esporte. Em sua trajetória de educador, foi e é um grande influenciador  da motivação intrínseca e extrínseca humana, através de projetos de intervenção, veio e vem influenciando diversos jovens e crianças a terem uma oportunidade de mudança de comportamento e atitudes positivas na escola e na sociedade com implantações de projetos como Capoeira na escola, coordena o Jiu jitsu na escola e o “Vem dançar” esse ultimo com uma culminância de um grande Festival de dança na escola. Sua realização foi na praça Frei Ludovico, no  qual comparecem mais de 3000 pessoas além de 12 grupos de dança. O diferencial desses projetos é que os próprios alunos são os responsáveis palas ações das aulas isso, abrindo portas para que os próprios alunos possam dar suas parcelas de contribuições para a própria escola.
Suas experiências culturais se iniciaram muito sedo. Desde criança, já acompanhava seu pai Chico Alves nos ensaios das danças folclóricas. Pode –se dizer que ele, teve participação efetiva desde a primeira JUNPOP – Festa Junina Popular. Evento esse que infelizmente já está extinto. Mas, era nessas festas em que ele, bem pequeno, ficava segurando o megafone dos boca-de-ferro  na sanfona de seu pai para que o som ecoasse pelos ares e o povo dançasse quadrilha.
Foi brincante de diversas danças e por essas experiências, também se tornou dirigente de algumas, como o Cangaço, Quadrilha os Pantaneiros a única quadrilha campeã geral da JUNPOP, Dança do Café, dança do Gambá, Criou e incentivou novos ritmos e danças como: Quadrilha da Copa, Quadrilha Carambodó, Dança da Vitória Régia, Dança da capoeira-com caráter folclórico, Quadrilha das Empreguetes, Jevaeh – a dança da cobra grande, Dança do pescador, Capoeira na roça e o boi mirim do Peti, dança do maculelê, boi Mimoso, o qual até nas apresentações ainda faz o papel de amo desse boi. Muitas dessas danças foram criadas em parcerias com outros colegas professores e artistas locais como: Rúbens Bindá, Alcimar Barbosa, Válber Félix, Claudir Ângulo, Doido, Andorinha e outros.
Sua formação acadêmica associado as experiências culturais serviram para lhe incentivar na arte da literatura compôs poemas como: Enchentes, mulher de beira de rio, pescaria, soneto ao velho Chico, Caboclo sonhador, Na beira do barranco. Produção de contos: Titanic – de proa a popa – sexo, drogas e aventura (esse com 59 páginas); A pescaria 01, Cariuba; Zezão; Francisco e Janaina; A travessia do boca do pedra; A caçada no seringal, Revolta, Curso básico de capoeira. Todos literatura de gaveta publicados artesanalmente pelo próprio escritor.
A infância de Ivan Freitas, não foi muito fácil, filho de família grande e pobre, teve que enfrentar desde cedo o trabalho pesado. Para ajudar seus pais na manutenção de casa, saia cedo com um isopor de din-din e uma bandeja de bananinhas fritas ou bolinhos de trigo para vender. Depois da venda, sempre ficava na beira do rio cuidando as canoas dos pescadores para levar uns trocados a mais para casa. Também foi padeiro. Acordava as 5:00 h da manhã  e junto com seus coleguinhas saia batendo nas portas das pessoas para vender seus pães.
Uma fase de sua adolescência foi dividida entre estudos e trabalhos. Passou a trabalhar na feira como carregador e vendedor de peixes. Depois, passou a trabalhar como gari, ajudando seu pai na coleta do lixo da cidade. Mas, apesar das dificuldades investiu nos estudou e atingiu seus objetivos.
Ainda na adolescência, junto com seus amigos de infância,  Ivan Preto, Quebrado e Nó de pau fundaram o grupo Happy Estacion – Estação Feliz e depois de muito ensaios e dedicação venceram diversos concursos de dança e realizaram várias apresentações nos mais variados ritmos em eventos públicos do nosso município como o JEAS – Jogos Estudantis do Alto Solimões. Mas, dentre tantos ritmos dançados o de sua preferência era o Breack dance em meados da década de 80 a 90 depois, em companhia de outros amigos formou o grupos “os cobras de BC”. Pessoas que compartilharam dessa fase: Preto, Elivan, Diera, Jair, Balau, Zerlei, Ronni e outros.
A capoeira na vida de Ivan Freitas é um capitulo a parte. Uma de suas irmãs trabalhava em um barco que fazia linha no trecho Benjamin – Manaus, isso facilitou para que alguns de seus irmãos fossem morar na capital. Em uma ida a capital do nosso estado, em companhia da Valda, sua irmã mais nova, ao passar pela praça do relógio no centro de Manaus, ele viu um aglomerado de pessoas e um som que o chamava. Curioso como todas as pessoas recém chegado do interior, correu pra ver o que era. E a imagem de pessoas se movimentado ao som de um instrumento cujo nome era berimbau, ele ficou hipnotizado, o sangue nordestino bateu forte e ali ficou por uns tempos, até que sua irmã o puxou pra irem embora, pois o ônibus já iria sair. Contudo, sua primeira experiência de capoeira, mesmo sem saber, foi com seu pai (já falescido). Quando menininho, sempre acompanhava seu pai e em algumas situações de brincadeiras com seus amigos, podia ver alguns movimentos de pernas que depois os associou com as rasteiras e a ginga da capoeira e através de livros passou a praticar sozinho alguns movimentos e os usava em apresentações na dança do gambá.
Mas, sua prática sistematizada teve inicio em Manaus com o Mestre Tigre, no clube chamado de Adrelina na Cachoeirinha. Depois que recebeu sua primeira graduação de capoeira, seu Mestre parou com as aulas e ele passou a treinar com Mestre Xexéu na época chamado de grupo Palmares que depois passou a intitular-se de Quilombo, no centro social do Japiim 01.  Com o passar dos tempos e sobre a orientação de seu Mestre, passou a estagiar e ministrar aulas nesse mesmo local. Através do Mestre conheceu a Professora Deusa e Mestre Chaguinha, pessoas que tiveram forte influencia em sua aprendizagem.
Conciliava os treinos de capoeira com seu trabalho de montador na empresa Gradiente, onde também fez parte da equipe de voleibol dessa referida empresa. Mas, a saudade de casa era grande e isso fez com que no final de 97 retornasse a Benjamin, mas, dessa vez, em sua bagagem cultural, trazia algo diferente que marcaria a historia cultural desse município.
Foi em um finalzinho de tarde, em frente a prefeitura municipal, que na época era um prédio abandonado, que ele com uma intuição de treino, passou a fazer alguns movimentos quando alguns curiosos chegaram perguntando o que era aquilo e se poderiam aprender. Deu –se ai, o inicio da capoeira em Benjamin Constant. Os primeiros alunos foram: Buneco, Dandãe, Doutor, Noite, Dó, Orelha, Vento, Quebrado e Uziel.
Um ano depois, com o trabalho mais solidificado organizou e realizou o primeiro batizado de capoeira desse município, a partir daí outros batizados vieram e junto com eles outros eventos capoeiristicos como; Ginga Bc, Roda Feminina de capoeira, abertura em jogos e eventos públicos em Benjamin  e outros municípios como Tabatinga, Atalaia e Letícia na Colômbia.
É o pioneiro em implantar e desenvolver trabalhos solidários em escolas, através de projetos de capoeira dando oportunidades de iniciação a diversos jovens e crianças a terem acesso a arte marcial brasileira.
Nesse trajeto, ele desenvolveu aulas de capoeira no PETI E PROJOVEM, locais esse de maior identidade e referencia da capoeira nesse município. Atualmente, devido a implicações e intervenções políticas não faz mais esse trabalho nesses dois locais.
Mas, seus trabalhos de voluntariado em escolas, trouxeram para o município um legado muito importante, pois através dele, muitas crianças e jovens e até adultos a escrevem uma página positiva em suas vidas. As primeiras escolas que receberam os projetos foram: Raimundo Cunha, Graziela, Olavo Bilac. Atualmente o projeto é realizado na escola Cesbi e Sofia Barbosa e Imaculada Conceição.
 Além disso, o município passou a ter um fortalecimento maior como cidade cultural do lato Solimões. A praça Frei Ludovico, aos sábados é o ponto de encontro de vários jovens e crianças, é o espaço cultural da capoeira benjaminense. Todos os sábados, é realizado a roda de capoeira do grupo Quilombo.  Foi o primeiro professor de capoeira a ser formado nesse município (2004). Realizou o primeiro torneio estudantil de capoeira em 2003 e o primeiro evento intitulado de GINGA BC.
Muito antes de ser professor de capoeira, exerceu o papel de pintor publicitário, deixando suas marcas em diversos muros e fachadas de lojas até mesmo na capital, além de produzir alguns quadros. Chegou a participar da primeira semana de artes plásticas na praça Frei Ludovico e auxiliou o Sr. Gutemberg Afonso na pintura das fachadas do palco da JUNPOP.
Ivan Freitas também foi músico, fez parte do grupo Sensasamba, e escreveu algumas musicas, chegando até mesmo, de forma artesanal a produzir um cd. Nessa banda em parceria com Nará, Cleverton, Vanderlei e outros, realizaram diversas apresentações em eventos culturais como o carnaval e outros.
Ainda na área artística ele junto com seus amigos Cleiton Ferreira e Claudir Barbosa protagonizou o primeira longa metragem da historia da cinematografia do Município de Benjamin Constant, com o filme Cley-max / O protetor, chegando a participar de um dos maiores eventos do gênero em Manaus. Além desse, quando lecionava Lingua portuguesa na Escola Raimundo Cunha incentivou e produziu alguns curtas metragens como: O curupira; Naiá a India guerreira e outros. Com seu parceiro Claudir Barbosa e seus alunos de capoeira produziram o curta Aidê –a Vingança da beija flor. Criou e realizou com seu amigos – professores, o FESCAN – Festival Estudantil da Canção. O qual teve apenas duas edições.
Tratando-se de questões políticas, Ivan Freitas se  candidatou ao cargo de vereador nas eleições de 2008 tendo o índice de 117 votos. Decepcionado, abandonou a carreira política.
Ivan Freitas e sua esposa Alessandra Vieira da Silva teem um casal de filhos Íris Silva do Nascimento com 13 anos e Ieslei Silva do Nascimento com 10 anos de idade. Atualmente ele leciona educação física nas escolas Graziela e Imaculada Conceição e divide seu tempo entre ministrar suas aulas, projetos e além da capoeira, também é praticante de jiu jitsu.

RESUMO
NOME: Ivan Freitas do Nascimento
DATA DE NASCIMENTO: 04/12/1971
NOME DO PAI: Francisco Alves do Nascimento
NOME DA MÃE: Antonia Dias de Freitas
ESPOSA: Alessandra Vieira da Silva
FILHOS: Íris Silva do Nascimento -13 anos / Ieslei Silva Do Nascimento – 10 anos
NOME DE RODA: Girafa
PADRINHO: Mestre Xexéu
PRIMEIRO PROFESSOR: Mestre Tigre
LOCAL DE TREINAMENTO: Manaus
SEGUNDO MESTRE PROFESSOR: MESTRE XEXEU
PRIMEIRO GRUPO: Arte Baiana
SEGUNDO GRUPO: Associação Palmares de Capoeira
TERCEIRO GRUPO: Quilombo
PROFESSORES QUE CONTRIBUIRAM NA APRENDIZAGEM: Prof ª. Deusa, Mestre Chaguinha.
DATA DE FORMAÇÃO COMO PROFESSOR: 20 de Novembro de 2004
MESTRE RESPONSÁVEL: Mestre Xexéu
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: Nível Superior  Formado em Normal Superior e Educação Física– Professor da Rede Municipal de Ensino
INICIAÇÃO NA CAPOEIRA: desde os 19 anos começou a praticar através de livros e após uma ida à Manaus conheceu a capoeira da forma como ela é, em uma roda na praça do relógio. Iniciou sua minha prática sistematizada com o Mestre Tigre. Após receber sua primeira graduação ingressou na academia de MESTRE XEXÉU, ao qual representa até aos tempos atuais o grupo Quilombo em B. Constant.
·         Fundou o primeiro grupo de capoeira de Benjamin Constant.
·         Realizou o primeiro batizado de capoeira de Benjamin Constant e o primeiro torneio estudantil de capoeira.
·         Lançou e desenvolveu nas escolas Municipais o PROJETO CAPOEIRA QUILOMBO, envolvendo adolescentes e crianças a iniciação a prática da capoeira.
·         Realizou em Maio de 2005 a Primeira roda feminina de capoeira de Benjamin Constant.
·         Realizou com seus alunos diversas apresentações em eventos culturais do município.
·         Realizou diversas apresentações de capoeira em Tabatinga, Leticia, Atalaia do Norte, Presidente Figueiredo, Manacapuru.
·         Apresentações em eventos folclóricos.
·         Contribuições com criações de diversas danças folclóricas. Como: Jevaeh – Dança da Cobra Grande, dança da vitória Régia...
·         Brincou e dirigiu danças como: O cangaço, Dança do café, Dança do Gambá, quadrilhas; Caranbodó, empreguetes, quadrilha da copa e outros.
·         LOCAIS ONDE HOUVERAM TREINAMENTOS DE CAPOEIRA EM B. CONSTANT: antiga Prefeitura, Piracema, Selva Tropical, antiga xérox, Escola Graziela, Escola Olavo Bilac, Raimundo Cunha, , campus avançado.
·         Atualmente: Escolas Cesbi, Sofia Barbosa, Imaculada Conceição, Irmã Lua

FILOSOFIA DO GRUPO - QUILOMBO/ BC. AM


Todo bom grupo de capoeira possue suas partcularidadaes e sistema de treinamentos e forma de transmitir seus fundamentos filosóficos. Neste sentido o Grupo Quilombo de Benjamin Constant possue como principios básicos para um bom desenvolvimento da arte capoeira os seguintes itens.
GARRA - é através dela que o aluno deve procurar manter o seu aprendizado pois, quem persiste naquilo que busca, consegue. E o desejo de aprender deve estar sempre alicerssado pela força do aprender.
DISCIPLINA- elemento fundamental para todo bom praticante, como dizem: EDUCAÇAO É MOEDA DE OURO TEM VALOR EM TODO LUGAR.
UNIÃO - um grupo unido é um grupo forte.

Ivan Freitas

SISTEMA DE TREINAMENTO

O Grupo Quilombo de Benjamin Cnstant é uma instituiçao que valoriza os fundamentos filosóficos e práticos da capoeira para o aprimoramentos da mesma. E nestas perspectivas nós elaboramos um sistema de treinamento que facilita a aprendizagem e estimula o praticante. A açao baseia - se em utilizar os próprios movimentos da capoeira como forma de preparaçao fisica para a aprendizagem.O sistema é o resultado de estudos e de vivencia na arte, tida pelo pelo Professor Ivan Freitas, que descontente com a utilizaçao dos inumeros exercícios fisicos que eram extraidos e oriundos de crenças militarescas e que ainda permeiam as instituçoes formais de ensino e aprendizagem, e que eram e ainda em alguns grupos sao praticadas. elaborou - se essa prática. utilizando o próprio meio capoeiristico para facilitar a aprendizagem. que vão desde o aquecimento ao jogo artistico da capoeira.Na academia de capoeira em Benjamin Constant utilizamos como praticas semanais os seguintes esquemas que contemplado o dito acima.
Segunda feira- jogo artistico.
Terça feira- movimentos básicos, mov. em grupo.
Quarta feira - corrida de resistencia e jogo artistico
Quinta feira - movimentos floreados, entradas e tombos
Sexta feira- roda aberta na praça da capoeira
sábado - roda tradicional de capoeira na praça Frei Ludovico.
OBS - Os diasde terça, Quarta e Quint, obedece - se ao sistema de treinamento com todas as partes táticas e fundamentos paralelos da pratica e teórica.

MOVIMENTOS OFENSIVOS

Sendo a capoeira uma luta, para não deixar no vazio as características desenvolvidas de auto defesa articulada no bojo do jogo, ressaltamos alguns dos seus movimentos ofensivos ou de ataque norteador.
· Aú batendo, de bico, de costas.
· Meia lua presa
· Meia lua de frente
· Meia lua de morro
· Meia lua solta
· Meia lua de compasso
· Armada
· Queixada
· Martelo comum
· Parafuso
· Cavalaria ou calcanheira, ou esporão de galo.
· Chapéu de couro
· Chapa giratória
· Ponteiro
· Benção
· Galopantes
· Voou do morcego
· Chapa de frente
· Joelhadas
· Telefone
· Cabeçada e outros.
-MOVIMENTOS DESEQUILIBRANTES
· Rasteiras
· Tesouras
· Corta Capim
· Tombo Da Ladeira
· Chinelo
· Baianadas
· Bandas
· Vingativa
· Negativa
· Arrastão
· Escoras
· Queda de Escora e outros.
MOVIMENTOS DEFENSIVOS
· Aú
· Negativa
· Queda De Quatro
· Compasso
· Cocorinha

Fonte: lAMARTINE. Capoeira sem mestre. 1997.


MUSICALIDADE

DIVERSAS MÚSICAS CANTAROLADAS NAS RODAS DE CAPOEIRA.

AO MESTRE XEXEU

Quando toca o berimbau
Eu sinto no peito uma forte emoção
Lembro do Mestre jogando
Que tem capoeira no seu coração
Quando ele chega na roda
Fica difícil de segurar
Meu Mestre joga bonito
O jogo de angola ou de regional
Ele joga maneiro
Mas, pega pesado e eu fico a olhar
Capoeira igual a do mestre
Tá bem difícil de se encontrar
Toca berimbau viola
Toca canção pro meu mestre jogar / coro
Xexéu tem mandinga no corpo
No jogo de angola ou, de regional


Ivan Freitas


EU VI SEREIA

Eu vi sereia, eu vi sereia / coro
Na beira da praia
Em noite de lua cheia
Ivan Freitas

TEM PEIXE NA REDE

A maré tá cheia / coro
Tem peixe na rede o iaiá,
Tem peixe na rede o iaiá
Tem peixe na rede o iaiá
Ivan Freitas
NA AREIA DA PRAIA

Na areia da praia tem dendê
Tem dendê, mas, tem dendê
Na areia da praia
Tem dendê / coro
IVAN FREITAS


Lá vem ele de peito tufado
Anabolizado querendo brigar
Ta fazendo boxe e luta livre
Deus que me livre dele me acertar
Chega na roda com cara de mal
Vem tocar berimbau
Que é pra não se cansar
Pula na roda no toque benguela
De punho fechado
Querendo brigar
De repente um caboclo magrinho
Que joga mansinho
Resolveu comprar
E o outro que tava arretado
Foi logo soltando seu golpe mortal
Mas, o golpe não encontrou nada
Cosa desperdiçada perdida no ar
Lá de baixo veio uma rasteira
Que fez o coqueiro balançar
Balançou, balançou /coro
Logo,logo cai coco meu sinhô...

Mestre Ramos

GUERREIRO DO QUILOMBO
Sou guerreiro quilombo, quilombola lê, lê, ô /coro
Eu sou dos bantos de Angola negro nangô /coro

Fomos trasidos pro Brasil
Minha familia separou
Minha mãe já foi vendida
Pra fazenda do sinhô
O meu pai morreu no tronco
Do chicote do feitor
Meu irmão não orelha
Por que o feitor arrancou
Na mente trago tristeza e no corpo muita dor
Mas, houve um dia
Pros quilombo eu fugi
Com muita luta e muita garra
Me tornei um guerreiro de Zumbi
Ao passar dos tempos
Pra fazenda retornei soltei todos os escravos
E as senzalas eu queimei
A liberdade
Não tava escrita em papel
Nem foi dado por princesa
Cujo o nome é Isabel
A liberdade
Foi feita com sangue e muita dor
Muitas lutas e batalhas
Foi o que nos libertou.


Mestre Barrão

Elevando o astral

Se você faz um jogo ligeiro
Dá um pulo pra lá e pra cá
Não se julgue tão bom capoeira
Que a capoeira não é tão vulgar
Para ser um bom capoeirista
Pra ter muita gente que lhe dê valor
Você tem que ter muita humildade
Tocar instrumento e ser bom professor
O capoeira faz chula bonita
E canta um lamento com muita emoção
Quando vê o seu mestre jogando
Sente alegria no seu coração
Ele joga angola miudinho
Se a coisa esquenta
Não corre do pau
Tem amigo por todo os lados
E um grande sorriso também não faz mal
Isso é coisa da gente dá gente
Dá um pulo pra lá e pra cá
Mexe o corpo ligeiro
A mandinga não pode acabar.

FANHO


IGREJA DE SÃO FRANCISCO

Igreja de São Francisco
Igreja de São Francisco
Fica lá no umarizal
Diz que é o santo protetor
Nas noites de arraial
Lá no centro a Imaculada
Diz que protege a todo mundo
Na praça Frei Ludovico
Anda rico e vagabundo
Minha cidade é muito boa
Ela é hospitaleira
Tem de tudo que queria
Também tem a capoeira, camaradinha...
Iê! É hora é hora....

Ivan Freitas